PUBALGIA
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Você sabe o que é pubalgia?
O osso púbis é como um cabo de guerra entre os músculos abdominais e os adutores do quadril. A inflamação acontece quando um lado é muito mais forte.
A pubalgia é um quadro que gera dor na virilha e na região central do osso púbis. Ela é mais frequente em jogadores de futebol, mas também acomete corredores de longa distância e geralmente atrapalha bastante a rotina de treinos e competições.
Podemos pensar no osso púbis como um cabo de guerra. Acima dele se inserem os músculos abdominais e abaixo os músculos adutores do quadril (que fecham o quadril). A pubalgia acontece quando um dos lados do cabo puxa mais forte do que o outro, ou seja, quando um dos grupos musculares se sobrepõe de forma exagerada sobre o outro.
Existe uma articulação chamada sínfise púbica ligando o osso púbis direito e esquerdo, que sofre com os desequilíbrios desse cabo de guerra, e fica inflamada. Em geral os músculos adutores levam a vantagem sobre os abdominais, o que também gera inflamação na inserção dos músculos adutores no púbis.
O tratamento da pubalgia deve incluir medidas anti-inflamatórias e restauração do equilíbrio muscular da região. Para isso os músculos abdominais devem ser treinados a ficarem contraídos durante toda a prática de qualquer atividade física. E como já mencionei em outras colunas, uma barriga de tanquinho não necessariamente representa uma boa musculatura abdominal. Mais importante do que a força explosiva é a manutenção de uma pequena contração basal que estabilize o tronco durante todos os movimentos.
Em associação com a questão abdominal, os músculos adutores também podem estar “puxando” o osso púbis com muita força devido a falta de atividade adequada dos músculos extensores do quadril. É um mecanismo compensatório do corpo: quando um músculo não trabalha direito outro músculo tem que fazer o trabalho em dobro.
Aos primeiros sinais de dor, já procure tratamento. A pubalgia tende a ser um quadro complexo se tratado tardiamente e pode diminuir bastante o rendimento do atleta.
Por Raquel Castanharo - FisioterapeutaArtigo publicado em portal
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